O homem distanciava-se, curvado sobre a cadeira de rodas em que empurrava o companheiro. Partilhavam o mesmo sorriso ténue e aquele brilho no olhar. O que empurrava, grato pela oportunidade de poder fazer a vida de alguém melhor, o que era empurrado grato por ter a humildade de aceitar. Posso dizer que enquanto passavam transbordavam a Alegria que dura, e só por os ver passar, o ar ficava mais límpido, as pessoas mais leves, as aves pousavam e o vento brindava com um sopro manso. Reconheciam o verdadeiro valor de se Ser. E contagiavam, só por passarem.
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