E o ano entrou. E dizem que o outro saiu. Mas dizem como quem diz, porque é certo e sabido que cada ano que chega vai ficando, adentrando na gente, formando em nós camadas, que o mago timoneiro tão bem sabe, nos vai encrostando. E a vida é isto, soltar o que um dia nos formou. Deixar ir o que ficou. E a minha pergunta ao criador é sempre a mesma - porquê?
E a vida aqui na barcaça assim vai, ondulando ao sabor das marés, e dos ventos, esses tão mal amados pela maioria, e tão meus aliados, pois se me desequilibro para trás, logo me empurra para a frente. Já o ondular das marés, o meu amigo bem sabe...
Quanto ao manual anti-motins-unilaterais, tem sido alvo de estudo e auto-testagens, também, pelo que lhe agradeço a oportunidade, forasteiro. Quer me parecer, ainda e no entanto, que por vezes aquilo do que nos livramos é aquilo que nos sustinha.
Assim, lá sigo eu desiquilibrada outra vez por desamparos que vou amparando, o que parece um paradoxo, sei lá. E faz-se esta vida de opostos a tocarem-se, e Deus a brincar connosco de fazer e desfazer.
Então estas notícias vão seguindo na sequência do seu 'dê notícias'...
o meu signo alertava-me um destes dias para a falta de notícias daqueles a quem quero e também me dizia que às vezes tem de partir de mim a pergunta. Então, como estás?
ResponderEliminarAgora, lendo-te, sorrio. E tu como estás?
Eliminarbem, obrigado :)
ResponderEliminarés tu que ligas aos outros ou são eles que te ligam a ti?
Sou eu que ligo. E tu?
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