e o que lhe hei de dizer, forasteiro? que passei a manhã a apanhar caracóis e lesmas e a atirar para a vizinha, que as ervilhas irão treinar a dança no varão com as estacas que lhes deixei, que as palavras formigam na ponta dos meus dedos e fazem borbulhar o coração.
as palavras, forasteiro, as palavras. fale-me das palavras, forasteiro, das tintas sem expressão, do barro sem forma, da terra sem semente, dos olhos sem horizonte, do corpo anónimo, das mãos sem toque. fale, forasteiro.
estive mais de uma hora a entrelaçar fio para as minhas ervilhas e depois descobri que se podem colocar uns ramos secos de giesta e que elas trepam por ali acima...
ResponderEliminarEstacas com galhinhos... Ouviste a minha conversa de ontem...
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