A mulher que tinha o hábito de beijar flores aproveitava o vazio
das madrugadas para roçar os lábios pelas pétalas e folhas das plantas, numa
identificação e agradecimento que não cabia em palavras.
Os dias tornaram-se silenciosos. Já nem lhe pesava a
desilusão, ou a ausência repentina daquele que se fizera presente alargando-lhe
a visão dos dias. Aquele lugar onde pousara o coração tinha sido tecido, sem
que o soubesse, com delicados fios dourados vindos de uma realidade ilusória. Daquelas
ilusões que abraçamos, fazendo delas dias, e dos dias, nada.
O texto parece-me inacabado, mas, às vezes os dias secam, apesar da nossa persistência em regar e em cuidar. E com os dias, secam as palavras, também.
O texto parece-me inacabado, mas, às vezes os dias secam, apesar da nossa persistência em regar e em cuidar. E com os dias, secam as palavras, também.
Nada disso, Ana! Não me parecem nada secas estas palavras.
ResponderEliminarSe espremidas, dariam o sumo doce de um mosto feito de esperança... :)
Um abraço
(e que sejam feitas de beijos, as suas madrugadas.)
(obrigada :))
EliminarOutro abraço, Janita
E quando secam as palavras, o desânimo da mente... instala-se.
ResponderEliminar.
Inicio de semana muito feliz
apenas pousa-se a pena :)
EliminarFeliz semana, Ricardo
Ana, é muito bom chegar aqui e ler um texto destes.
ResponderEliminarQue nunca lhe sequem as palavras, nem as ilusões...
Beijo.
🌻
obrigada, Maria.
Eliminarassim espero, também.
Abraço :)