quarta-feira, 27 de maio de 2020

32 graus







estão 32 graus e a gaivota mantém-se no seu ninho, no telhado arredondado da capela, coberto de sol. daqui, eu vejo-a, na sua persistência e dedicação.
será do instinto estes laços maternais a que o ser humano resolveu chamar de amor, ou será amor o que faz com que a gaivota suporte o calor, a céu descoberto?
talvez a humanidade se manifeste apenas na capacidade de manipulação, nos caminhos da mente que disfarçam de sedução o domínio sobre a vontade do outro, e, a capacidade de cuidar, nutrir, proteger, não passe de uma estratégia da natureza com um fim que desconheço, mas que insiste na sobrevivência das espécies.

[é tema do próximo workshop 'cidades imaginárias'. não será difícil.]



























4 comentários:

  1. Uma grande prova de amor é dado por essa gaivota, não é mesmo?
    .
    Saudações amigas
    Cuide-se.

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  2. os animais nã sabem, é só instinto... em algumas pessoas, nem isso... já o amor, esse pode ser ainda mais elevado... pois o sacrifício por alguém que nã é de sangue, nã é instintivo...

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    1. Os animais também se defendem uns aos outros e até defendem os humanos... Não me parece que manipulem.

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