'só tu não me vês', e esfregou-me a cara com terra do
chão. E eu vi.
Disse que era meu ancestral, ancestral da Terra, da
terra onde nasci, em África. 'Alisei a Terra para tu caminhares', disse-me.
Como a xamã me tinha indicado, pedi-lhe conselhos para a
minha vida, para a circunstância atual.
'é visão e palavra', disse, batendo-me no peito, e na
terceira visão. 'aprende a ver e encontrar lucidez na intuição. E fala. Cura
com a palavra. Transmuta com a energia que colocas na palavra. É assim' - e
começou a colocar pétalas à minha volta, estando eu no centro. E, comigo no
meio, começou a fazer uma mandala com pétalas e flores.
Aí, eu senti que tinha de vir para escrever, com medo de
esquecer. E ele disse 'acabou-se a pressa. Passa uma rasteira a isso que
criaram com o nome de tempo. Agora é viver, é um agora lento. É lentidão. Não
há essa forma de tempo.'
Depois perguntei-lhe como podia chegar até ele, trazê-lo
para aqui. Respondeu que sempre que eu colocasse pétalas em círculo, ele
estaria aqui. E ao cuidar de alguém, que colocasse a intenção desse alguém num
centro, e pusesse pétalas à volta. A começar por amarelo, se possível.
Depois mostrou-me a sua mulher, mãe de Terra também.
Esfregou-me outra vez a cara com terra do chão e regressei.
Bom dia. Este maldito coronavírus mexe mesmo com a estabilidade emocional das pessoas. Maldito seja.
ResponderEliminarMas tudo vai ficar bem
Cumptrs
Claro que vai, Ricardo
EliminarUm bom dia para si :)