cansada de enfeitar as estrelas que cintilam em noites de céu claro com palavras que nunca serão faladas, Ilmatecuhtli, escondeu no escuro da caverna fria o vestido debruado a algas tecido de maresia, e reduziu-se a uma névoa de aparência humana.
ele nunca conseguira alinhar o poema que ela lhe dedicava no firmamento. no seu jeito de criança que brinca de ser homem, gracejava, e, matreiro, soprava nas estrelas anoitecendo todo aquele sentir, toda aquela dedicação.
desde então, só se consegue ver Ilmatecuhtli quando o dia fecunda a noite, num ténue instante sem nome do despertar.
o que ele diz que sonha com ela, é o momento em que as suas almas se olham, numa trégua concedida por morfeu quando a infância se sobrepõe à geometria dos dias áridos.
(imagem)
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Dias áridos, mas sonhos fecundos. :)
ResponderEliminarQue beleza, ana!
Ilmatecuhtli ressuscitada :)
EliminarObrigada :)
que provocação linda :)
ResponderEliminaraté corei :)
EliminarEsta belíssima fotografia fez o meu pensamento voar para bem longe da minha realidade, um pouco mais triste ainda pela distância a que estou do mar.
ResponderEliminarE as palavras, Ana, as palavras... enfim, foi um bálsamo vir aqui :))
🌻
Obrigada, Maria.
EliminarEu tenho o mar perto e não o vejo...
Boa noite 🍀