skip to main |
skip to sidebar
na sala de espera, mãe e filho estavam mergulhados no telemóvel. a rapariga sentada à minha frente, também deslizava o dedo no ecrã. ao meu lado, o homem dormia com o queixo pousado na pega do guarda-chuva. estaria cansado, o homem, de cuidar da mulher infantilizada, sentada ao lado dele, com o cabelo preso desajeitadamente, talvez pelas mãos exaustas do cuidador.
eu, enquanto aguardava a minha consulta, esperava, atenta, que algo acontecesse à mulher de narinas enormes. por aquela abertura para o interior da sua cabeça, poderiam entrar seres extra-terrestres, ou sair, em fúria, a sua alma, tal era o tamanho daquelas crateras.
já vi sairem coisas muito horrendas, mas é muito cedo para especificar...
ResponderEliminarHá almas horrendas?
Eliminarinfelizmente sim
Eliminar