A mulher ao meu lado tem um dom natural para falar com malucos, costumo eu dizer, num tom carinhoso para todos os intervenientes nessas conversas.
[parece-me que já aqui falei dela]
É capaz de estar uma tarde inteira a ter conversas incoerentes, absurdas, sem se cansar e com o coração a transbordar de compaixão.
Ela está ao meu lado, e fala. Fala sem parar, encontrando assuntos e temas que eu mal ouço. Vou anuindo. Vou concordando.
E sei o que ela sente.
Ela tenta, num desespero manso, afastar o buraco negro, que, dentro de mim engole o que me faz alegre e me dá aquela capacidade de sentir que os dias valem a pena, com estas palavras, assim mesmo, simples e ingénuas.
A mulher fala para que eu me salve. Fala-me de empadas, de fornos inteligentes, de bolas de carne, de formas de pagamento e de queques de cenoura com cobertura de chocolate.
Pudesse eu salvá-la também quando se afoga na impotência da vida.
[parece-me que já aqui falei dela]
É capaz de estar uma tarde inteira a ter conversas incoerentes, absurdas, sem se cansar e com o coração a transbordar de compaixão.
Ela está ao meu lado, e fala. Fala sem parar, encontrando assuntos e temas que eu mal ouço. Vou anuindo. Vou concordando.
E sei o que ela sente.
Ela tenta, num desespero manso, afastar o buraco negro, que, dentro de mim engole o que me faz alegre e me dá aquela capacidade de sentir que os dias valem a pena, com estas palavras, assim mesmo, simples e ingénuas.
A mulher fala para que eu me salve. Fala-me de empadas, de fornos inteligentes, de bolas de carne, de formas de pagamento e de queques de cenoura com cobertura de chocolate.
Pudesse eu salvá-la também quando se afoga na impotência da vida.
Bom dia, Ana.
ResponderEliminarHá palavras que nos tocam fundo e, lá no fundo da alma, ficam.
Fique bem. :)
( hoje, vou sair e andar à chuva. Quem sabe a encontre, perto do mar? )
Cheguei molhada até aos ossos...
EliminarBom fim de semana, Janita.
Obrigada :)
fernando pessoa, transvestido de álvaro de campos:
ResponderEliminar«Quando é que passará esta noite interna, o universo,
E eu, a minha alma, terei o meu dia?
Quando é que despertarei de estar acordado?
Não sei. O sol brilha alto,
Impossível de fitar.
As estrelas pestanejam frio,
Impossíveis de contar.
O coração pulsa alheio,
Impossível de escutar.
Quando é que passará este drama sem teatro,
Ou este teatro sem drama,
E recolherei a casa?
Onde? Como? Quando?»
Obrigada, flor. Passará :)
Eliminarnã sou muito fã de empadas...
ResponderEliminarNunca comeste das minhas...
EliminarJá eu Ana, sou fã de empadas, mas sem creme...daquelas que é só massa e conteúdo, não gosto quando levam creme, natas, ou lá o que é...
ResponderEliminarJá sou menos fã de pessoas que falam muito e muito e quase não nos deixam respirar.
~CC~
A palavra pode curar, até salvar :)
EliminarAbraço, CC