Não sei o que veio primeiro, se a falta de tempo, se a
falta de vontade de experimentar receitas novas. Também deixei de pôr
música a tocar na cozinha e aquela alegria que me vinha assim de repente,
digo-vos, agora que me observo do lado de fora, que talvez me viesse dele,
daquele para quem eu enchia os olhos de azul e guardava o vento do mar debaixo
do cabelo.
As palavras também se foram, assim como aquele pensamento 'vou escrever sobre
isto'.
E agora que escrevo, faço-o apenas com a ponta de um dedo no ecrã do telemóvel, em vez de deixar os dedos todos percorrerem o teclado à sua livre vontade.
Parece-me que o que me soltava os sentidos, agora deixa-me indiferente, como se deixasse de ter a vida à flor da pele, o arrepio, a vertigem. Ou então estará para acontecer algo maior, assim como quando o atleta recua para conseguir um salto mais longo.
E agora que escrevo, faço-o apenas com a ponta de um dedo no ecrã do telemóvel, em vez de deixar os dedos todos percorrerem o teclado à sua livre vontade.
Parece-me que o que me soltava os sentidos, agora deixa-me indiferente, como se deixasse de ter a vida à flor da pele, o arrepio, a vertigem. Ou então estará para acontecer algo maior, assim como quando o atleta recua para conseguir um salto mais longo.
Ou ainda mais então, talvez tenha sido raptada por um
extraterrestre e deixaram esta figura que parece ser eu, a fazer de conta.
Que maravilha, Ana. Obrigada.
ResponderEliminarLB, uma cocózisse de nada...
Eliminarmuito obrigada.
Parece um vírus esta coisa da descontados...
ResponderEliminarainda há essa hipótese!
Eliminarserá?
*desvontade
ResponderEliminarNem o teclado me obedece
Eu vou mais para a penúltima hipótese.
ResponderEliminarEsse aparente adormecimento, essa estranha apatia, esse chove e não molha, é a vida a ganhar lanço.
Quando menos a Ana esperar será projectada para o alto, não numa nave espacial, mas num jorro de palavras e, num ímpeto, toda a energia agora adormecida, ressurgirá com a força da onda gigante da praia da Nazaré.
Vou ficar atenta, esperando as marés vivas...:)
Não desista, de navegar na crista da onda, nem de si.
Um abraço. :)
obrigada, Janita. Tomara que tenha razão :)
EliminarEste texto podia ser sobre aquela em que me tornei recentemente, ana. A minha esperança é que seja uma fase. Um abraço.
ResponderEliminarEmbora isso não seja bom para ti, dá - me algum alívio...
EliminarAbraço, deep :)
já me ocorreu essa do extravio... será que estamos todos cativos no mesmo sítio?
ResponderEliminarEntão falemos uns com os outros...
Eliminaracho que foi desde que fui tomado por um telefone mais esperto...
EliminarEu também acho... A sério...
EliminarE eu que contava consigo para me alegrar neste Inverno que começa!
ResponderEliminar(estou a brincar...)
~CC~
Pode ser que a chuva hidrate as palavras que secaram :)
Eliminar