domingo, 25 de fevereiro de 2018

garimpo










toda a vida de que tem memória, trabalhou de garimpar. na pele a água do rio, nas mãos a peneira e a areia que brilha. o corpo vergado sobre o corpo perdeu o hábito de olhar o céu. foi naquele escoar dos dias que percebeu com a correnteza das águas que passaram, que também os dias se foram, e do ouro nada fez, e de vazio se adourou











4 comentários:

  1. Respostas
    1. Andamos todos ao contrário...

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    2. se o garimpar der mais prazer que o ouro, mesmo que o céu quase nã exista, será tanto assim ao contrário?

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    3. os homens foram feitos com os pés no chão e a cabeça a apontar para o céu. não é pelo garimpo nem pelo ouro. é pela incompletude.

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