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Atravesso a garagem com um passo apressado, levando na mão um saco com três litros de leite. Reparo nas minhas pernas cobertas de ganga e nas velhas sapatilhas que protegem os meus pés. Os passos sucedem -se com facilidade, com equilíbrio, e sinto-me livre e grata por isso. Lembro de um tempo em que esse curto percurso era uma aventura, e lembro da mulher que precisa de apoiar-se na ponta da roupa do companheiro para andar. É tão bom poder caminhar.
Faço um chá de camomila e tomo com torradas de azeite e queijo de cabra, como se apenas agora tivesse descoberto o prazer dos sabores e das texturas e do aconchego da bebida quente. Parece-me que é nas pequenas coisas de todos os dias que consigo renascer, reencontrar-me, quando ando desencontrada de mim.
O conforto de pequenos nadas preenche-nos os dias se os soubermos apreciar.
ResponderEliminarquando não andamos distraídos com grandes nadas.
EliminarNão fosse tão tarde e era capaz de me deliciar com torradas e queijo fresco, que é o que se arranja aqui por casa! Sou assim um pouco também, renasço em pequenas coisas: sabores, conversas, água quente sobre o corpo... Costumo dizer que sou mesmo "medíocre" nas ambições.
ResponderEliminarBom fim de semana,ana. :)
também sofro de mediocridade de ambições. mania de me contentar com insignificâncias que não me leva a arriscar voos mais altos :)
Eliminarbom sábado, deep.
aqui chove :)
E o que serão as coisas grandes?! Coisas que afinal quando nos aproximamos vemos que são pequenas.
ResponderEliminarBeijinhos
~CC~
Nem todas... :)
EliminarBom sábado, CC
Ai Ana... Ando tão desencontrada que nem 1kg de torradas e queijo me podem ajudar.
ResponderEliminarEstou numa encruzilhada e não sei que caminho seguir...
Temos sempre a intuição...
EliminarBoa noite, Ana