segunda-feira, 12 de junho de 2017

outra vez a massa












junto à farinha, manteiga, ovos, água e sal, e amasso. reparo na amálgama que crio com as minhas mãos. a capacidade de transformação deve ser o que nos distingue das outras espécies, penso enquanto tento tirar a mistura dos dedos. lembro também da mulher desconhecida que ontem me abordou na rua com um 'as suas empadas são tão boas!', para logo de seguida, dizer a quem a acompanhava, 'é esta senhora que faz as empadas', e eu ali com cara de espanto e com um sorriso dominical de lado a lado, já a pensar que elas são um milagre de dia santo.

[trabalhar sozinha permite-me estes devaneios. por exemplo, estou aqui a coordenar gestos com as mãos tentando sentir até onde alcança o calor que o corpo emana.]

(pronto, vou trabalhar)












2 comentários:

  1. Isto não pode ser...cada vez que fala numa dessas coisas que faz, fico cheia de vontade de as provar...ai as empadas!:)
    ~CC~

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