chego da praia com os pés doridos e as mãos em concha. nelas trago tudo o que calo, tudo o que sinto, a pele e o sal e a brisa morna, deste fim de tarde, para ti.
dispo o casaco, descalço os pés, tomo água, respiro o silêncio.
sabes, o dia anoitece. o céu está quase quase negro e nem as estrelas vão pintar de luz o que vejo daqui, nem por dentro, nem por fora.
olho para as minhas mãos e vejo que afinal delas escorrem apenas ninharias.
Sem comentários:
Enviar um comentário