quarta-feira, 10 de maio de 2017

a dona fernanda e os burros na água










a dona fernanda passou cá em casa e vinha confusa. conta ela, que lhe disseram que o bem que ela dizia que queria fazer ao outro, na realidade era para seu próprio bem, para aquilo que chamam de ego, e que devia esperar que lhe fosse mostrada a vontade de que o fizesse, pois muitas vezes a escolha do outro não é a cura, ou não é o método, e isso pode interferir no seu processo, na sua caminhada.

fico a olhar para ela, com a expressão, suponho eu, de um burro a olhar para um palácio. e ela resume - às vezes o melhor para os outros, é mesmo dar com os burros na água. ponto. (ela contagiou-se com a mania de outra em dizer 'ponto' no final de cada frase) - aí eu entendo, mas o que eu gosto mesmo, é que ela me conte dos seus desencontros para me aliviar dos meus.












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