todo o dia resmunguei que iria, mas sem me apetecer, só porque achava que devia ir, mas, se houvesse atrasos, como de costume, vinha embora. e resmunguei e resmunguei e resmunguei. quando chegou a hora, mudei de roupa, agasalhei-me, e fui. a lua está cheia, pensei, pensei em dizer-to, só pensei. cheguei lá, bati à porta, ninguém abriu. telefonei, riram-se 'não me digas que tu estás aí...' não era hoje. ganhei uma noite de descanso de sexta-feira, sentada a ouvir o crepitar da lenha e nem te disse que está lua cheia. também não te ofereci um gomo de tangerina, nem te falei do frio, nem da chuva que insiste em não cair. ficaram as banalidades todas por dizer. não nos resta mais nada, só um poema, talvez.
25 de Abril de 2024
Há 52 minutos
Lua cheia, tangerinas e um frio fundo. Havia tudo e mais um poema.
ResponderEliminarBoa noite, ana.
Pouca coisa, Impontual, só o frio era fundo, realmente.
EliminarBom sábado
Poema não é resto, é essência. :)
ResponderEliminarBoa noite, ana
Ah, Olvido...inutilidades...
EliminarBom sábado :)
..e se, pelo menos, ainda havia um poema ou há um poema...ainda há muito!
ResponderEliminarbom dia
-___-
até os poemas se tornam banais, se não forem renovados.
ResponderEliminarbom dia, criança da lua :)
estava a lua muito grande de manhã cedo ou era miragem?
ResponderEliminarmiragem...
ResponderEliminargostava de ser lagarta e depois daí ser miragem...
ResponderEliminardeixo-te pensar até logo à noite, por volta das 10 horas daqui. vais a tempo de mudar de ideias. depois....
ResponderEliminar(miragem com essa cara...credo...)
é possível que até lá mude de ideias, sou dos que desistem facilmente...
ResponderEliminareu não desisto porque nem consigo escolher... pensa...
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