sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

banalidades








todo o dia resmunguei que iria, mas sem me apetecer, só porque achava que devia ir, mas, se houvesse atrasos, como de costume, vinha embora. e resmunguei e resmunguei e resmunguei. quando chegou a hora, mudei de roupa, agasalhei-me, e fui. a lua está cheia, pensei, pensei em dizer-to, só pensei. cheguei lá, bati à porta, ninguém abriu. telefonei, riram-se 'não me digas que tu estás aí...' não era hoje. ganhei uma noite de descanso de sexta-feira, sentada a ouvir o crepitar da lenha e nem te disse que está lua cheia. também não te ofereci um gomo de tangerina, nem te falei do frio, nem da chuva que insiste em não cair. ficaram as banalidades todas por dizer. não nos resta mais nada, só um poema, talvez.









12 comentários:

  1. Lua cheia, tangerinas e um frio fundo. Havia tudo e mais um poema.

    Boa noite, ana.

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    1. Pouca coisa, Impontual, só o frio era fundo, realmente.

      Bom sábado

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  2. Poema não é resto, é essência. :)
    Boa noite, ana

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  3. ..e se, pelo menos, ainda havia um poema ou há um poema...ainda há muito!


    bom dia

    -___-

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  4. até os poemas se tornam banais, se não forem renovados.

    bom dia, criança da lua :)

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  5. estava a lua muito grande de manhã cedo ou era miragem?

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  6. gostava de ser lagarta e depois daí ser miragem...

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  7. deixo-te pensar até logo à noite, por volta das 10 horas daqui. vais a tempo de mudar de ideias. depois....

    (miragem com essa cara...credo...)

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  8. é possível que até lá mude de ideias, sou dos que desistem facilmente...

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  9. eu não desisto porque nem consigo escolher... pensa...

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