as mulheres conversam, de pé, à sombra, no parque de estacionamento do Lidl. falam de limpezas, e queixam-se porque não conseguem ter a casa limpa, parece que os filhos e os maridos...uma consumição. uma delas está deprimida e fala de uma peúga que tem em casa, sem par. como pode uma peúga desaparecer, se a casa não tem buracos?
de manhã acendi as minhas velas, com pedidos e agradecimentos. uma pela família, outra pela criatividade, intuição e espiritualidade, outra a ogum, que me proteja o trabalho e a casa, outra ainda, na varanda, a todos que me protegem e aos quatro elementos.
não tenho do que conversar.
não quero saber de limpezas, não vejo televisão nem leio revistas.
olho o céu e chego ao teu. sinto o sol na pele, e toco na tua. o azul tem o teu nome, e cada vez me importo menos.
do que fala, quem não tendo, tem tudo?
Então, fico aqui um pouco em silêncio.
ResponderEliminarMesmo não tendo nada, tem-se muito, depende como queremos ver o nosso mundo.
ResponderEliminarConversar sobre limpezas também não é tema que me agrade :)
e o silêncio é uma forma de conversa, Luísa :)
ResponderEliminarsim, Maria. nem sempre temos ouvidos do lado de fora das palavras :)
ResponderEliminarTantas vezes senti isso, ana, mas sabes, dava comigo a ouvir as trivialidades e aquecia por dentro. Afinal estava viva, porque os outros estavam vivos.
ResponderEliminarQue as tuas velas ardam até ao fim.
é verdade, Teresa. quando não me sinto extra terrestre, também me sabe bem :)
ResponderEliminaras minhas velas são poderosas, digo eu :)
tem um resto de dia bom. mais frio, hoje.
estou com um sintoma idêntico... será uma gripe moderna?
ResponderEliminarblogo-contagiosa, Manuel.
ResponderEliminarmas olha, a Teresa tem razão :)