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nestes dias de calor maior o cheiro a maresia entra por todos os lados da casa. cada janela, cada porta. eu, sigo o meu dia com poucos desvios ou devaneios (a não ser tu), que a quantidade de trabalho obriga a algum rigor. mas cá por dentro, bem dentro de mim, do corpo e da alma, devem existir registos de vidas à beira-mar, pisando algas secas logo pela manhã, banhos de mar que limpam de poeiras e de males dos outros, pés descalços adivinhando conchas e areais, o balançar de barcos e abraços de reencontros, ali na rebentação, as ofertas de flores brancas a iemanjá, os entardeceres esperando que o sol se esconda, os amanheceres a ouvir as ondas. e o peito treme, por dentro, e a alma viaja sem tempo, e a vida corre por fora,
todos os finais de dia as pernas pedem-me a água do mar. todos os finais de dia eu nego-lhes a água do mar. por cansaço, por afazeres atrasados, por prioridades falsas.
nestes dias em que a maresia entra por todo o lado, respiro mar e volto a casa, volto a mim, a tempos que não são de agora.
eu não acredito que tens o mar à porta e lhe resistes...
ResponderEliminaracho que vou ali suicidar-me um bocadinho e volto já :)
à porta, à porta, é como quem diz...dez a 15 minutos a pé...
ResponderEliminarnão te suicides tanto :)
Caramba, como me apetecia esse mar!
ResponderEliminarBeijos, ana :)
o meu mar é o teu mar, Maria :)
ResponderEliminarbeijos :)
devias aproveitar mais esse mar... por todos os que na distância nã podem :)
ResponderEliminaraí está um argumento capaz de me pôr a andar ...
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