segunda-feira, 25 de julho de 2016

quando ele vier






















viu um entendimento de almas e sintonia de corpos. um homem e uma mulher, que, sem amarras nem compromissos, se comunicavam com a alma e se fundiam nos corpos. os encontros aconteciam, como se combinados telepaticamente. e amavam-se de uma forma intemporal, imensurável.
era um amor incompreendido, sem estatuto social, proibido moralmente.
então foram condenados a viverem amarrados, de costas viradas. quando cortavam uma corda, ela reconstruía-se. morreram por falta de liberdade.
pelas vidas fora, vivem à procura de algo perdido na memória dos tempos, amarrados pelas regras impostas, olhares inquietos, receosos de fracassos.
reconhecer-se-ão, quando se permitirem voltar a ser almas em sintonia de corpos, vencendo o espaço e o tempo.
permite-te a tua forma de quereres.
quando ele vier, reconhecê-lo-às.


















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