quarta-feira, 22 de julho de 2015

hoje



























'para hoje, dai-me senhor, rectidão, lucidez e bom-senso. dai-me, dai-me, senhor. para hoje'.  a mulher pede, de pé, braços esticados ao longo do corpo, olhos fechados. 'por favor, senhor. as minhas costas não são tão largas como pensam, e a minha vida está cansada. ajuda-me'. respira fundo, mete-se debaixo do chuveiro, relê por entre a névoa do vapor de água os cinco principios de reiki 'só por hoje, faço o meu trabalho honestamente', ai... ela que anda a sabotar-se no trabalho, adiando, adiando... deixa a água correr sobre o rosto e pede 'anjo da guarda, minha companhia...'. 'eles' lá de cima, observam aquele ritual matinal, e comentam uns com os outros 'puto de cenário! é lerdinha de todo, nunca nos deixa em paz...', então reúnem-se, fazem uma escala de serviço, e descem à terra, onde a amparam e protegem o tempo todo.












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