sexta-feira, 6 de maio de 2011

p

































envias-me um texto para que te dê a opinião. “parece-me uma mulher prisioneira do seu corpo, que atropela palavras angustiadas na ânsia de um sentimento.”, respondo-te, para não te dizer que me parece mal escrito,  “excelente avaliação” escreves, “foi ou não escrito por mim?” perguntas. digo-te que não, tu não escreves assim, meu querido p. nos teus textos não há palavras a mais, todas elas têm o seu lugar exacto. és claro, simples e preciso.


faltas-me, sabes, as tuas urgências, os teus medos, as tuas confissões sufocadas num pedido de perdão como se eu tivesse poder para tal nessa tua ideia de que os judeus só conseguem a absolvição se lhes for concedida por um amigo, e, nessas alturas telefonas-me e contas-me as tuas falhas, os teus pesos... faltas-me meu amigo, mas enquanto me faltas eu sei que trabalhas, escreves, e de vez em quando um "minha amiga, dá-me a tua opinião", que me vem arrancar da rotina, que me vem trazer sorrisos no meio dos dias.













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