segunda-feira, 4 de abril de 2011

retalhos escritos






























Voltas sempre que preciso, trazes contigo pedaços da minha vida que te envio em retalhos escritos. Pedes licença e reescreves-me e eu releio-me. As minhas palavras entrelaçam as tuas num mesmo sentido. Numa página faço uma tabela com duas colunas, numa coluna o teu texto, na outra o meu, e comparo. Pedes-me que corrija e ris ao telefone enquanto me dizes “e depois dizem que escrevo como uma mulher! está fantástico, muito forte” e eu rio-me contigo lembrando do tempo em que te dizia, “escreves mulher, meu querido”, como se escrever mulher fosse idioma.
“Acabo de ler e gosto muito, muito, do teu texto. Só não gosto de reviver, de recordar, fica um sabor amargo a romper o esquecimento.”, escrevo-te.


































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