corto cuidadosamente as pequenas bolachas de avelã que estiveram algumas horas no frigorífico a ganhar consistência suficiente para resistirem à pressão da faca.
é sinal de que o Natal se aproxima.
bolachas de Natal? pergunta uma voz nas minhas costas
respondo que sim.
mas são muito mais do que bolachas. são gerações atrás de mim, são Natais em alegria, são família, são tradição, é o meu querido avô que tão desajeitadamente demonstrava um carinho que ninguém percebia, nem percebe.
mas digo-lhe, forasteiro, que não me admirava que ele estivesse aqui, enquanto escrevo estas palavras envoltas no aroma da avelã tostada.
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