quarta-feira, 1 de junho de 2022

Mãos




Quando penso nas pessoas que ao longo da vida tenho deixado, nestas que nos dias gerundios vou aos poucos deixando, naquelas que no nevoeiro dos tempos reconheço de outras vidas e que aceito distância, no amor maior que de mãos abertas permito que parta, percebo que desta vez estou aqui para deixar de ter, para me libertar, até de mim.

Com as mãos com que em gratidão recebo, solto, também, em consciência. E solto-me.







2 comentários: