quinta-feira, 2 de junho de 2022

Alma fresca



Foi pelo nome, forasteiro, que comprei o vinho (se é que é vinho), e que bebi no final da tarde desta quinta-feira. Pus as meditações de lado, e toda a espiritualidade se reduz às minhas pernas em descanso, uma brisa leve que roça o meu ombro nu, o som do recolher das andorinhas, as nuvens indecisas sobre onde verter a água do céu, e as luzes que rodeiam a capela, lembrando o santo padroeiro. Parece-me bem, forasteiro, e, atrevo-me à presunção de dizer que nada me falta. 






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