A chuva cai mansa e determinada. É a chuva que eu precisava.
Atravesso calmamente as ruas enquanto a água fria se faz sentir através da roupa fina e solta na minha pele e ignoro quem me olha. Talvez nem me vejam. Tendo a crer que quando o que esperamos da vida se desenquadra da matriz que a maioria traça, nos vamos tornando invisíveis.
A solidão nunca me assustou, mas o que fazer com a minha invisibilidade torna-me apreensiva.
Volto para casa. Escancaro as portas e as janelas. A música que se ouve é a da chuva nas folhas das árvores e os carros que rolam molhado. O lugar em frente ao computador que durante tantos anos ocupei desalmada, agora vazio, só eu é que o vejo. Não sei se não notam a minha ausência, ou se não notavam a minha presença.
Mas... "o essencial é invisível aos olhos":)
ResponderEliminarEspreite para o coração deles/as e vai ver que está lá.
~CC~
isso são 'tretas'. todos nós queremos ser vistos :)
Eliminarbom fim de semana, CC :*