Meu querido,
O dia cresce em carmim perante os meus olhos. As frésias na varanda disputam a cor com o céu e os amores perfeitos assistem a essa disputa com o sorriso de sempre.
Fazes-me falta. Falta-me essa mão, que sem tocar a minha, me conduzia pelos caminhos da poesia, da malícia, descortinava mundos para me enriquecer, firmava os meus pés na terra. Palavra atrás de palavra construíamos mundos onde nos despíamos e alegrávamos e onde as reticências eram os pequenos seixos que marcavam o caminho de regresso...
Criatividade, meu querido, que fazias germinar em mim. E haverá semente melhor para se depositar numa alma?
Entretanto o carmim diluiu e o dia tornou-se pálido, como tantos caminhos que traçamos.

Para quem precisa de uma mão que a conduza pelos caminhos da poesia, este texto está muito poético.
ResponderEliminarVamos lá ver se o «querido» volta.
A mim também me dava jeito.
:-)
Fez-me rir, Janita :)
EliminarÀs vezes voltar não é o mesmo que estar perto.