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a casa teimosamente quente destes dias de um calor absurdo insiste em não deixar que o frio desta manhã entre. lá fora o nevoeiro limita o horizonte e anula o azul persistente do céu e a margem verde do outro lado do rio. ouço daqui as gaivotas e o chilrear frenético dos pardais.
mesmo em frente ao sítio onde os meus dedos escrevem, o vento roça nas folhas das árvores que se sacodem como adolescentes que despontam perante os piropos dos rapazes.
eu sei que a esta hora ele brinca, para, daqui a pouco, lá para o meio da manhã, se lançar numa limpeza de céus, colocando as cores no seu devido lugar, a espuma branca nas ondas do mar, as saias num reboliço, a maresia dentro do meu quarto, e a nortada, por favor, a nortada, dentro do meu peito, e o norte, na minha vida.
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