Enquanto entretenho o olhar no vestido que naquela mulher é
pele ondulante no corpo que lhe coube ter, percebo a ironia dAquele que quis
coincidir, nas formas da nossa anatomia, desejo e fragilidade, vulnerabilidade
e vida. Dizem que a alma sustém o corpo e que em certos momentos eleva-o, que é
a única ave que suporta a sua jaula. Creio que é a grandeza da alma da mulher que
a escuda e protege, neste desafio de viver num corpo que tem entrada para a
vida e para a morte, para o prazer e para a repulsa, que, com a recordação
pulsante da juventude, se vê envelhecer.
Epitáfio de um prato
Há 38 minutos
Pura poesia em prosa.
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Votos de um final de domingo feliz
Cumprimentos
Obrigada, Ricardo. Feliz final de dia.
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