Nunca uma quaresma foi tão vivida como esta. Seja qual for o nosso credo, a nossa religião, a nossa crença, a nossa descrença.
Nunca em nenhuma quaresma tivemos de abdicar de tanto, dos nossos prazeres, das nossas rotinas, da nossa segurança, dos nossos hábitos, dos nossos vícios.
Nunca em nenhuma quaresma tivemos de olhar tanto para dentro, para dentro de nós, para dentro das nossas casas, para dentro das nossas famílias, para dentro da vida que temos vivido, para dentro das nossas relações.
Nunca em nenhuma quaresma foi tão posta à prova a nossa fé, a nossa aceitação, a nossa prática espiritual, o nosso ateísmo, o nosso paganismo, o nosso Amor, as nossas convicções.
Nunca em nenhuma quaresma tivemos tanta consciência de que eu e o outro somos um, da responsabilidade dos nossos actos na vida dos outros, daquilo a que estou disposto a abdicar pelo bem dos outros - até por aqueles que não conheço, daqueles de onde não me virá reconhecimento algum.
Nunca em nenhuma quaresma percebemos que a liberdade é interior, que a resiliência é interior, que o mundo inteiro cabe no espaço que temos no coração, e, que a partir dele viajamos, caminhamos, sentimos o mar e a terra nos nossos pés.
Esta quaresma é uma possibilidade de renascimento, de reflexão, de mudança, de redefinir prioridades.
...de reinvenção.
ResponderEliminarBoa Páscoa, Ana. :)
Feliz Páscoa, Luísa :)
Eliminarnunca mais seremos os mesmos, isso é certo
ResponderEliminarEspero isso
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