quinta-feira, 6 de setembro de 2018

do amor










às vezes sinto uma saudade imensa dele. funda, arrepiante, vertiginosa. 
nesses perenes momentos, vestida de todo o silêncio possível, recupero o lugar onde guardo todas as recordações que me fazem despertar a emoção de o trazer, sempre, debaixo da pele. naquela caixa velha, tão velha quantas as vidas em que nos desencontramos, quantas as vezes em que partiu de mim, quantas as vezes em que o abriguei, trago-o, recortado em pequenas peças de um puzzle impossível. e sinto-lhe o perfume, o aroma morno a água fresca do seu corpo, aquele que abriga todas as formas de me lembrar que o amor transcende, sobrevive e coabita, não importa quais os caminhos que eu percorra, que ele percorra.

[queria tanto escrever sobre ele um texto longo, decorado de metáforas e palavras compridas, mas o que eu sinto é tão simples, que o efeito que uma gota de chuva provoca nos meus lábios, bastaria para descrever o que ele me faz sentir por ele]











9 comentários:

  1. again, Ana.
    and again.
    (sem Português possível, sem palavras.)

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  2. Como se vive com isso Ana? Como se vive com isso e com a imensa vontade de se ser feliz e realizar todas as coisas boas que imaginamos?

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  3. Um amor tão belo Ana, esse que sentes apesar desses tais caminhos desencontrados...

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