o homem-terra quer que eu descanse, que faça introspecção, medite, não tenha medo e que esteja 10 minutos por dia na praia. parece fácil.
nem sempre é pacifico chegar à praia. hoje o corpo dizia-me que não. o coração acelera, as pernas doem, os zumbidos aumentam. boicoto-me.
negoceio comigo mesma. três passos de cada vez, ou dez, vá lá. visto o casaco - uma vitória - pego nas chaves e na mochila - outra vitória - conduzo o carro pela marginal - mais uma - estaciono perto do acesso pedonal - estou quase lá - percorro o caminho e estou de frente para o azul todo enfeitado de branco e barcos e aves e registo nesta foto - respiro fundo. agora são meia dúzia de metros para a direita com o vento a ajudar nos passos. ando devagar, não estou ali para calcorrear passeio. à medida que acompanho o areal, vou-me sentindo mais leve, respiro melhor, os ouvidos desentopem. volto para trás, e faço o dobro do caminho para a esquerda, para depois caminhar metade da distância para o ponto de partida.
o tempo é um pequeno pormenor, molda-se. estou ali para sentir o mar, o ar, a nortada, as aves, o apelo da areia, no corpo.
volto para casa e continuo a trabalhar, como se não tivesse saído, mas com o coração cheio de azul.
manda-me um nadinha desse azul, Ana, por favor.
ResponderEliminarcom um pássaro com olhos de menino e um salpico de mar.
bleu c'est la couleur de mes rêves (lembrei-me)
ResponderEliminaro azul que se traz no coração só se transmite quando dois corações se juntam, num abraço :)
e sempre que o céu fechar a sua persiana, à noite, terás os corais, um pequeno ponto tecido a cores, para que nunca sintas medo.
ResponderEliminardeixo um beijo no teu coração, Ana bonita. :)
também o medo se veste de azul e enfeita-se de corais.
ResponderEliminarbeijo, menina bonita
(fiquei a sorrir para as aulas de violino)
não me digas que o medo também se veste de azul e enfeita-se de corais, se assim for, mente-me, eu preciso acreditar em algo bonito, para não sentir medo quando o medo se deitar comigo.
ResponderEliminar(obrigada, Ana, pelo teu sorriso. guardo-o comigo)
quando o medo se deitar contigo, olha para ele bem no fundo dos olhos, e diz-lhe que não precisas dele, que pode ir embora. ele entende se falares do coração.
ResponderEliminarobrigada menina bonita, por me fazeres ver-me.
sabes o que vou fazer? vou tirá-lo do fundo da cama, onde ele tem a mania de se esconder, e colocá-lo a conversar com o medo. e dar-lhe um puxão de orelhas para parar de ser tão medroso. :))
ResponderEliminargosto de ti, ana.
terapia da praia :D
ResponderEliminarjá viste se duplicasses o tempo, o que podia acontecer?
bom dia maresia!
em vez de um ano, tinhas roubado dois...
ResponderEliminarbom dia Manuel :)
Nessa terapia eu acredito! Tenho pena de não a praticar mais, mas irei assim que puder. Oxalá as marés fossem capazes de trazer até aqui as bolachinhas de limonete.
ResponderEliminarAbraço
~CC~
Um dia aparecerei aí com as bolachinhas, CC.
EliminarO coração pintado de azul e a maresia nos cabelos. É o que eu trago sempre da minha praia :)
ResponderEliminarUm dia feliz, ana :)
faltam as algas pousadas no areal, nesta altura do ano.
ResponderEliminarbom dia, Miss :)
já viste que pela primeira vez na vida posso dizer que tenho um ano?!
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