é domingo. enquanto acabo de dobrar uma bacia grande de roupa interior, a mulher pergunta-me o que vou fazer no resto da tarde. digo que tenho que assar bolachas, dobrar a roupa que está seca no estendal e pendurar o que está lavado, dentro da máquina. entretanto estará passada a tarde de domingo.
indigna-se com o meu descontentamento, alegando que é apenas uma tarde. pois é, mas de domingo... respondo.
mas o que querias fazer? como se querer mais fosse um absurdo...
recolho-me cá com os meus pensamentos, entendendo o seu modo de pensar e permitindo-me ansiar por uns momentos de silêncio, um pouco de inspiração, uma leitura que me acrescente, a percepção do imaterial, e, esta infusão de alecrim e hortelã frescos, que agora me acompanha e aconchega.
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