na primeira manhã do ano, quando assomei à varanda para dar de comer aos pardais, o céu estava ao contrário - as nuvens estavam paradas e o firmamento movia-se. não me pareceu um bom presságio somando a isso que o ano entrou com a lua a minguar. e sobe, neste momento em frente aos meus olhos enquanto vos escrevo, como se nada se passasse.
as ruas que deviam estar desertas devido ao recolher obrigatório, estiveram repletas de gente e de automóveis. já ninguém liga a nada.
eu, tenho a cabeça vazia e o coração sem saber se há-de virar-se para fora ou para dentro.
mas o mar... sabem, o mar? o vento frio, a areia da maré vazante, a onda que me veio cumprimentar e a água que recolhi com as mãos e com a qual refresquei os olhos. talvez um dia me reencontre, ali, onde costumava encontrar-me com deus.
Ana, quem sabe ele está dentro dessa onda que veio ao seu encontro...nunca me ponho a imaginar Deus mas se o fizer, será sempre assim algo envolvente como uma onda, não uma onda perigosa, mas aquela que nos faz tirar os pés do chão e baloiçar para depois retornar.
ResponderEliminarUm beijinho e não entristeça.
~CC~
Acredito nisso, CC. já percebi que quando entristeço, é porque me estou a desviar do caminho.
EliminarFeliz Ano!
Sim, sei o mar... aliás, sabia o mar...
ResponderEliminarAcompanhei-a nesse último parágrafo, ana, e soube-me tão bem, foi quase como se estivesse lá :-)
Que este ano lhe traga esse e outros bons reencontros.
Abraço.
🍀
Ah... O mar do Norte numa manhã gelada de sol é único :)
EliminarObrigada!
Feliz Ano, Maria 🌸
Que seja um bom ano Ana, com muito mar e muito céu azul e muita liberdade para passear na areia:)
ResponderEliminarObrigada, GM. Que seja um ano muito bom para ti, também!
EliminarAbraço :)