quis o dia abençoar-me com um jantar solitário.
depois de agradecer aos gnomos e às fadas, e, de reverenciar o meu anjo da guarda, a coruja, o búzio e a pirâmide de cristal, pelo dia que passou, mastigo lentamente marinheiras com queijo e bebo pelo gargalo uma cerveja morna. estou viciada em marinheiras. no silêncio da casa, o único som é o dos meus dentes a mastigarem marinheiras.
deus mos conserve por muitos anos para poder comer muitas
murmuro enquanto distraio os olhos pelo que se vê para além dos vidros das portas da varanda.
e o que vês, ana?
perguntariam vocês
vês o caralho
responderiam os rapazes, apontando o dedo para o cesto no alto do mastro da nau, que se vislumbra daqui de onde vos escrevo
e luminoso
diria eu, pois assim está o dito, com estrelinhas, numa comemoração natalícia
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