sábado, 5 de setembro de 2020

Sobre as férias




aprendi a comer por prazer. Aprendi que a lentidão dos passos de quem caminha com cautela leva-nos a destinos mais belos e que o tempo é amor e quanto maior o amor maior o tempo. Aprendi a estar inteiramente só. Senti a crescente confiança de uma árvore, o seu sorriso e o seu abraço. Aprendi que está tudo bem mesmo que não me encaixe. Aprendi que o caminho que procuro traz-me para dentro.

Falta - me aprender que não me basto.




6 comentários:

  1. Ainda bem que o principal já a Ana sabia ainda antes das férias...
    Anda meio mundo na procura incessante dessa arte suprema de saber bastar-se a si própria/o,
    correndo seca e meca, e a Ana não só levou consigo essa sabedoria, como a não perdeu por lá.
    Sortuda, afinal!

    Noite descansada e feliz domingo.

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    1. Na verdade, acho que ninguém se basta :)
      Passo a vida a aprender a equilibrar essas cenas :)

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  2. Ana, vou responder-lhe em post próprio na Rua da Índia, pois, como acontece tantas vezes as suas interrogações tornam-se as minhas, mesmo que as respostas não sejam idênticas. É que gosto tanto das suas perguntas...
    ~CC~

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  3. Gostei muito deste texto. Virei aqui mais vezes.
    Boa Tarde.

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