quinta-feira, 12 de setembro de 2019
da impermanência, da boa
abraço a minha amiga na secção de frescos do supermercado e cubro-lhe a testa e o cabelo de beijos. toda eu concha, toda ela envolvida, toda ela desaparecida na minha alegria maior do que nós as duas, juntas. à nossa volta, há mangas, maçãs, maracujás, pimentos, brócolos, cebolas e pessoas. é pequenina, a sua cabeça fica ao nível dos meus lábios. abraço-a e rodopiamos, mergulho as minhas mãos nas mangas da t-shirt dela para ter a certeza de que sim, de que está ali, de que não partiu.
percebi ontem que a alegria não se adia, o abraço não se adia, os afetos não se adiam, o coração não se adia, para locais apropriados, que as pessoas partem, e, que de repente, podemos ter apenas uma amiga, e de repente não a ter, para de repente, voltar a tê-la, perto.
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Tem toda razão. Há coisas que não se adiam, perigam perder oportunidade.
ResponderEliminarBom dia
Boa tarde, NN :)
EliminarSão uma delícia, esses abraços e beijos!
ResponderEliminarBeijo, ana :)