acontece às vezes ele voltar por um piscar de tempo. e aí, de repente, eu regresso ao que me parece ser eu. de repente, vem o fresco ar do mar, o aroma a algas, os tons de azul todos de que o céu se veste, e lembro-me de que até as ervas na beira do caminho falavam comigo.
quisera eu acreditar nisto de se ser de dentro para fora, e encontro-me a perceber que é o inverso. parece - me que é de fora para dentro que tudo se passa, para então, cá dentro, resultar naquilo que talvez seja eu.
e foi por ele voltar num piscar de tempo, e foi pela falta que a mulher borboleta me faz, na magia toda que ela trazia para a minha vida, nas borboletas presas ao seu cabelo, a estrela de cinco pontas pendurada no seu pescoço, o casaco verde, fazendo dela uma personagem de um conto de gnomos.
nem deus, nem os anjos, nem os demónios, seriam nada sem nós, nem os temporais sem a terra onde assolar desgraças.
e levo eu uma vida inteira para sentir, que afinal não sou. que sou aquilo que me fica do que os outros são em mim.
e levo eu uma vida inteira para sentir, que afinal não sou. que sou aquilo que me fica do que os outros são em mim.
e isto tudo porque ele voltou num piscar de tempo, trazendo-me um estilhaço de espelho, uma tábua onde assentar um pé, nesta areia movediça dos dias.
e de repente olho para o relógio e já passaram 20 minutos. isto do tempo andar estranho só me está a acontecer a mim?
Não, a mim também me acontece!
ResponderEliminarNa segunda já quase é sexta?
Eliminarana, o tempo está mesmo estranho. O meu pelo menos já nem o reconheço.
ResponderEliminarBeijinho
que alivio GM... talvez devamos nos abstrair dos relógios e calendários e aproveitar a qualidade dos dias... sei lá... digo eu...
EliminarBeijinho :)