sábado, 8 de dezembro de 2018

matemática










o jardineiro de pessoas percorre o longo caminho até chegar ao rio. aí, segura entre as suas, as mãos da mulher que lavava o futuro nas margens do rio. as mãos da mulher estão gastas e a alma cansada. a mulher tenta agora, habituando os pés ao piso escorregadio do limo da fragilidade dos dias, encontrar chão que sustente os seus passos, o seu caminhar, o seu corpo tão frágil do seu próprio abandono.
diz-lhe o jardineiro de pessoas, que só vê na mulher que lavava o futuro nas margens rio, leveza e liberdade
é quando estou consigo que percebo que um mais um podem não ser dois. nós juntos, somos tanto, e separados, incompleto-me









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