terça-feira, 18 de dezembro de 2018

*








Foi então que percebeu que o amor e a alegria caminhavam lado a lado, e naquela tristeza profunda que sentia, a distância dele aumentava, por dentro. Não poderia aceitar ter menos do que o que já tivera - o riso solto, o abraço sem fim dos seus corpos enlaçados como se toda a vida tivessem caminhado para aquele reencontro, a pele que se prolongava nos dedos do outro, na respiração do outro, a luz no seu rosto quando fazia amor com ela, o tempo, o 'esperarei por ti' . Nunca poderia ter menos do que tudo aquilo que arriscou, toda a fragilidade que expôs. E agora exposta, a tristeza entra pela abertura no seu peito, pelo lago dos seus olhos.
E a tristeza definha, sempre o soube.









4 comentários:

  1. Ainda e sempre, como sempre, à procura das palavras certas para te agradecer, mesmo sabendo que não as vou encontrar.

    ResponderEliminar
  2. As tuas palavras não me falam só, dizem-me e o que sinto. Se soubesses o tanto que isto me diz, ana... nunca poderemos aceitar ter menos, ganhando, do que tudo o que arriscámos perder.

    beijo para ti

    ResponderEliminar