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o jardineiro de pessoas começou a criar, mais do que um hábito, uma necessidade, de todos os dias respirar um pouco do ar que rodeia a mulher que já quase lavou todo o futuro nas margens do rio. basta olhar para os dois, tão diferentes na forma de parecer, para se perceber que as suas almas se passeiam por mundos diferentes. na verdade, o jardineiro manifesta descrença na existência da alma, enquanto a mulher afirma que o corpo é apenas um veículo de expressão.
naquela noite o jardineiro falava do homem, que tendo um conhecimento extenso e uma biblioteca com mais de um milhar de livros, o procurara em colapso existencial, o corpo a ceder de vida vazia de afecto.
sabe, a doença acontece quando há uma falta de amor. quando há amor não se adoece, não há espaço para isso, o amor ocupa o lugar todo.
a mulher ouve o homem que não acredita em almas, falando com a alma nos lábios.
Ai, nisso é que eu não acredito. O corpo que ama e é amado também adoece. Às vezes adoece só por excesso de uso, como uma máquina ligada à corrente e em permanência de manhã à noite.
ResponderEliminar~CC~
Eu concordo consigo, CC.
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