domingo, 3 de junho de 2018

da mulher







"A cura, tanto para a mulher ingénua, quanto para a mulher com os seus instintos feridos, é a mesma: praticar uma escuta atenta à nossa intuição, à nossa voz interior; fazer perguntas; ser curiosa; ver a realidade; entender o que se ouve; e depois agir em conformidade com o que se tem por verdade. Estes poderes intuitivos foram nos dados no nosso nascimento. É possível que estejam cobertos por camadas de cinza e excrementos acumulados ao longo de anos sem fim. Não é o fim do mundo, pois tudo isso se pode limpar. Esfregando, raspando e praticando, os nossos poderes perceptivos podem ser novamente retornados ao seu estado primitivo.

(...) Não importa de que forma a cultura, a personalidade, a psique ou outro elemento exigem que a mulher se vista ou se comporte (...), não importa quais as pressões com que se tente reprimir a vida espiritual de uma mulher, não conseguirão alterar o facto de que uma mulher é o que é, e que isto é comandado pelo inconsciente selvagem, e que isto é bom, muito, muito bom."


Clarissa Pinkola Estés, As mulheres que correm com os lobos







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