terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Cabelo






- se eu tivesse a certeza de que o meu cabelo ficava assim, também deixava de pintar
Dizia a cabeleireira enquanto me cortava o cabelo
- mas eu nem sei como ele é...
Escutava-a eu, desatenta à tesoura.
Só hoje, como sempre com o raciocínio lento, me pergunto se nos rejeitamos primeiro por fora, ou por dentro... se a extensão do nosso desconhecimento externo, é o desconhecimento de nós mesmas, cá dentro.

Passa-se a vida sem se ser de verdade. Essa é que é essa.











3 comentários:

  1. no dia 23, foi a prenda - a única que recebi - de aniversário da minha porcelana: uma tinta mesmo divertida, a pintura, a lavagem da minha cabeça :)
    soube-me tão, mas tão bem :D
    o cabelo, sou eu que o corto, acho que já não vou admitir outras mãos levianamente desfazendo o que pedi (é sempre assim, não é?)

    (isto é,não concordo, ana :)

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    1. Tu transbordas para o lado de fora, o teu lado de dentro, alex. Tu és.
      Esqueci o teu aniversário. Desculpa.

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  2. :)*

    ___________
    ana, eu sou aquela pessoa que mui raramente se alembra das datas de aniversário...
    nada de pedidos de desculpa, sim?
    basta-me que aprecies a minha existência, so to say :))

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