segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

caixas de plástico







enquanto lavo caixas de plástico, e nem sei porque lavo as caixas de plástico porque detesto lavar caixas de plástico, mas comecei e parece que nem conseguia parar (havia muitas caixas de plástico sujas, mesmo), penso para quê a vida. e procuro lembrar-me de momentos em que pensei que valia a pena viver. sei lá, sentir a maresia, ver os filhos serem gente boa, ver os pais, a lua que ontem subia imensa mesmo em frente à porta da varanda, o sol na pele. não sei. lembro a mulher doente que se perguntava o que é suposto fazer com a minha vida? não sei... e acho que hoje acordei mais perdida do que ela. talvez seja por isso que me agarrei daquela maneira às caixas de plástico, como se fossem razão para estar viva.










6 comentários:

  1. Tentei agarrar me à lua mas a vontade de viver não apareceu.

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  2. Há dias assim ana e é bom termos alguma coisa que nos aagarre, amanhã é outro dia :)

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  3. ...pelo menos ficaram lavadas, de outra forma não ficariam. Força, Ana!

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