segunda-feira, 30 de outubro de 2017

muitos anos






eu tenho obstáculos que me impedem de ver, como se fosse um muro, uma muralha - diz-me a mulher doente - são muitos anos, muitas encarnações em que vivemos formatadas, está no nosso adn. é como se tivesse um muro à minha frente e tenho que aprender a contorná-lo - a mulher parece uma metralhadora a falar, tamanha a necessidade de dizer o que sente. 
eu não acredito nisso de contornar obstáculos - digo-lhe. e são poucas as pessoas a quem posso dizer as coisas que lhe digo a ela - tens que te projectar para lá deles. ver além do que vês. percebes? assim, vrrruuuummm. atravessá-lo, até, e passar para o outro lado. tu podes. como vais contornar esse muro se nem sabes onde ele termina?










5 comentários:

  1. acordei a pensar nisso... se no nosso adn nã ficam gravadas as experiências, e se elas nã passaram de geração em geração, e ficam de algum modo gravadas no inconsciente...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. eu acredito que ficam, assim como ficam as memórias de vidas, nos locais que nos marcaram.

      Eliminar
    2. e repara que até os locais ficam marcados com o adn que neles deixamos...

      Eliminar
    3. isso já me cheira a esturro...

      Eliminar