quinta-feira, 19 de outubro de 2017

corro


























então como uma criança habituada a que lhe digam que faz tudo errado, corro para ele. é a ele que volto sempre que me parece que o mundo vai ficar grande demais para mim. à beira do precipício do medo, peço-lhe amparo de todas as formas desfeitas que sei - um bom dia, um está a chover, um fica bem, um volto já - e ele ampara-me de todas as formas que lhe é possível - abre os braços em concha, faz borboletas com as palavras, sussurra flores à minha volta, planta-me raízes nos pés, e constrói pontes sem margens










6 comentários:

  1. Nem todos têm um amparo assim ana, guarda-o bem :)

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  2. também sou um bocadinho assim. agora fizeste-me sorrir. :)

    (e isso que escreveste é tão bonito. e bom de se sentir - pelo menos na maior parte dos dias. :p)

    beijinhos

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    1. obrigada, Vanessa. parece-me que temos muitas semelhanças, muitas mesmo :)
      beijinho***

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