domingo, 9 de julho de 2017

porque hoje é domingo








hoje é domingo, ainda, e domingo, para mim, deve ser o dia em que paro, em que me escuto, em que, como aqui já escrevi, abro espaço a que kairos se alinhe com kronos.
eu já sabia há muito tempo que o dia de hoje não seria dia de descanso, e já tinha avisado o pessoal lá de cima que nem que chovessem canivetes, dia nove de julho seria dia de trabalhar como uma moura. e foi. só não sabia que o dia 'em que me escuto', viria da forma que descrevi em baixo, de sopetão, sem ser programado, e apanhou-me com os dedos no teclado. mas veio. e parte daquilo também sou eu, assim. olhos nos olhos comigo. 
se não olhar de frente o meu lado escuro, não saberei reconhecê-lo, amaciá-lo. escrever aqui ajuda-me nesse processo. acalma-me. obrigada pela partilha.












4 comentários:

  1. A escrita, como escreveu Juan José Millás, num dos seus livros, tem, como um bisturi eléctrico, o poder de abrir feridas e de as cauterizar ao mesmo tempo. A escrita convoca fantasmas, mas também nos ajuda a lidar com eles.
    Boa semana, ana. :)

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