sexta-feira, 21 de abril de 2017

minha mãe dá licença?




















lembro-me da primeira vez que fui. contei-te nessa altura do bom que foi. ninguém me conhecia, eu não conhecia ninguém. fui sem expectativas e ninguém esperava nada de mim. lembro-me do verde e da temperatura morna do granito debaixo das minhas costas, e de estar como quem nasce.
desta vez fui confrontada com um 'tens que ir', e outro 'contamos contigo, eu e ele', e ainda um 'eu pago-te', e outro 'então pagas depois ou conforme puderes', e eu vou, mas vou contrariada.

eu sei que é um lugar comum o que vou dizer, mas a vida está sempre a pôr-nos à prova com as, no meu caso, quase pequenas certezas que pensamos atingir, e, cada vez que dou um passinho de formiga nesse sentido, obriga-me a dar dois de caranguejo, daqueles que andando para trás andamos para a frente. quando penso que me integro, lá estou eu a desintegrar-me. 

então, vou ter com os outros para aprender sobre mim. descasco-me, como a cebola de ontem da salada. e a vida tem sido assim todos os dias. 

já te contei da minha história contigo por dentro?








6 comentários:

  1. A vida está sempre a fazer-nos cair do alto das nossas certezas. Os planos que ela tem para nós nem sempre coincidem com os nossos. :)

    Tem um dia bonito, ana :)

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    1. as minhas tipo certezas, são tão baixinhas, que bem que podia deixar-me algumas...só para descanso meu...:)
      um dia azul, para ti, Miss

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  2. é do ser humano, sentimos as nossas certezas, e por vezes a vida mostra a cru certezas que não o são.

    a isto chamam Viver.

    Desejo-te tudo de bom ;) beijinhos

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    1. e ninguém disse que seria fácil, conta corrente
      tem um bom dia de bom sol :)

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  3. Coleccionava certezas, a uma dada altura da minha vida.
    Agora colecciono livros e momentos.

    Um dia morno e lindo para ti, Ana maisquebonita.

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    1. eu não colecciono...nadinha...
      está um bom dia por cá, Laura.

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