quarta-feira, 26 de abril de 2017

como agora






respiro fundo e peço ao meu coração que acalme. elevo o pedido também a quem invisível me acompanha. toda a serenidade que aparento é um turbilhão interior que eu tento acalmar. durante o dia crio estratégias e falo comigo mesma para amainar a tempestade de que é feita a água que me corre no corpo. mas é de noite, quando acordo a meio do sono e dos sonhos, que me torno a fazer pequenina e que grito que preciso dos meus pais, que me faço mulher de carne, e quero-te só para mim, ou então toda eu sou mãe de sangue, e guardo filhos no colo. e enquanto o sono não vem, recomeço a pedir ao meu coração que acalme, como agora.










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